quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Cadê?

Cadê? Cadê a verdade, o verossímil, o animado? A mentira é parada, o estático finge a realidade. Finge de verdade. Porque limitamos as coisas não as possuímos, não seremos jamais as coisas. Sou o que admito não estar fora de minha consciência – mas quem deu o estatuto de norma à consciência? Se ser define Deus, me define também. Mas não sou somente, sou algo. A impossibilidade de falar o que sou não implica que eu somente seja, apesar de que qualquer coisa que seja dependa de, invariavelmente, da minha condição de ser. Em que me preenchem definições? Sou no mundo, e por isso sou enquanto relacionado com o mundo. Homem, defina-se; racional; defina-se. Mas que não se esqueça de que sou social, e daí uma Política, e daí uma linguagem, e daí um bem agir referente a mim, mas não fora do contexto do outro. Minha consciência de mim me define como estando em mim, e só tenho essa noção devido ao que está fora, onde não me reconheço. Mas como dependo das coisas para ser essa consciência egoísta! Como me livro do outro para me afirmar ser quando o sentido de ser está tão intrinsecamente ligado ao que está fora de mim!
Qualquer predicação ao meu ser supõe um outro, mesmo que imaginário, que complete minha incompletude de predicado. Qualquer predicação do meu ser me lembra que sou em relação a algo, e por isso dependente. E isso não se rompe no tempo: a relação é contínua. Tudo começa pelo próprio eu: algo que me limita na existência do mundo como ser separado desse mundo, e portanto dependente desse mundo para ter sentido. O livre seria ser somente: poder afirmar “SOU!”, e por mera possibilidade teórica, pois o somente ser não seria um ser que age – no caso afirma nada. Desse ser não teria-se notícia, pois nenhuma ação teria. Seria imóvel, enquanto completo. E nunca poderíamos ser plenos enquanto pensássemos, pois pensaríamos sobre algo e em relação deixaríamos de ser plenos, ser somente.
Mas não sou livre. Tenho o outro. E vocês também têm. Bobeira de Deus! Na nossa imperfeição somos perfeitos, na nossa incompletude nos completamos. O tempo eterno, se há, faz parte da minha existência... Será que a superação do indivíduo através da derrubada de alienações demora muito? O bobeira!!! De qualquer forma, temos uns aos outros. É nisso que prefiro acreditar. E vocês? Acreditam em quê? Só não me digam que acreditam demais em vocês.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Jogos em flash

www.friv.com

Ótimo site de jogos em flash

Na minha opinião os mais massa são

Bible Fight e Bloxorz

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Temos bananas

Yes, nós temos pierrôs
O arco de oxóssi nas mãos do Cristo Redentor
Temos ioiô e iaiá
Minha terra tem palmares onde gorjeia o mar
Yes, nós somos o carnaval
Temos o corpo blindado, não tem nada igual
Temos a Carmem Miranda
Temos café e também temos o samba

Yes, nós temos o amanhã
A Virgem Maria sem culpa, e sem sutiã
Yes, nós temos a lua
Quadra de tênis e meninos de rua
Yes, nós somos mulatas
Temos loirinhas, rios e matas
Aqui sempre dá o que quer que se plante
Temos roleta-russa e roda gigante e a bossa nova

Temos bananas, temos bananas
E temos o sol pra rasgar nossas retinas
Temos bananas, temos bananas
E temos o céu pra agradar nossas meninas

"A minha esperança é um sol que brilha mais
Este sol iluminará nossos passos
Pela harmonia universal dos infernos
Chegaremos a uma civilização"

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

B-Sides

Pra quem curte sons alternativos

http://younghotelfoxtrot.blogspot.com

Muito bom!!!

Então é isso....

Cara, pra que serve um blog?? Ainda mais chamado subjetividade coletiva...

a gente fala, fala, fala e tudo o que fazemos é continuar falando, e vamos continuar falando até que morra ou alguém nos mate. Ou me mate, sei lá. Vou ficar esperto agora. rsrsrsrs. Mais fácil morrer sozinho. Tem gente que cansa de ouvir e ler as mesmas coisas. Você não cansou ainda? Não tem mais nada pra inventar, pra falar, nada. Tá tudo perdido cara, e vai acabar tudo do mesmo jeito. Fazer o quê, não acha? Fazer o quê?!?!?! Nada. Vai trabalhar cedo, estudar um pouco, ficar com alguém, come, bebe, dorme. E daí?

Quem ta ligando pra você? Ah!!! Que bom que tem alguém que liga pra você. Eu também ligo pra alguém. O mundo tá perdido. Você sabe disso. Então porque continua insistindo? Insistindo no quê? Acho que não quer que as coisas fiquem piores pra você. Mas também não faz o seu melhor. Ah!!! garanto que não.... Porquê??? É muito chato, eu sei. Já parei pra pensar por que não faço o meu melhor. Tem um montão de coisas pra te distrair pelo meio do caminho. É difícil ficar esperando a hora certa pra fazer as coisas. Daí fazemos cagada... Ou não!

To cansado de política, to cansado de patrão, to cansado de universidade, de pagar conta. Vou parar de fazer isso? Ainda não dá né!

Conhece alguma música que começa legal e você nao esquece mais, mas tem uma parte chata pra cacete, dai você fica voltando pra ouvir sempre o mesmo trecho legal? Daí um belo dia, escuta outra e gosta e se depara com a mesma situação? Me lembra a vida isso. Acho que é por isso que tem gente que se mata. Quanto seria um salário bom pra você?? E desde quando salário é bom? Quem será que dá as ordens hein?!?!?! Eu to achando que tem alguém por trás de tudo isso. Tá tudo estranho ultimamente. Não acha? Acostumou né? Eu também já estou um pouco. Veja bem, a possibilidade da coisa melhorar não existe. E quando paro e penso; porra, até o planeta tá ficando maluco, mas vou fazer o que? Entrar pro greenpeace? hahahaha, nem fudendo.

Se eu ficasse rico, milionário, agora... O que será que eu faria??
Enviar um navio de presente pro Papa... Essa alguns já sabem, e também nem foi minha essa idéia, mas deixa prá lá. Porém, de tudo que eu pudesse fazer, a mais provável seria morrer. Pra quem acredita em céu, morrer não é problema. Ainda não sei no que acredito. Complicado ter certeza de alguma coisa hoje em dia... Ou não! Gostar de ficar sozinho é normal? Minha cabeça realmente não funciona direito. Sabe, parece que todo programa da televisão brasileira é uma piada. Será que só os programas brasileiros? Festa é bom também. Foda é ter que ficar se comportando. É que tem gente que tem um sério problema, por exemplo, às vezes o cara não se acostumou com o clima de farra, ou talvez não bebeu o suficiente, a terceira alternativa eu não sei qual é.

Tem gente que não exerce a parte emotiva do cérebro. Tem aqueles que vão na igreja, tem aqueles que vão pra cadeia, tem aqueles que só observam. Tem gente pra tudo!!!!!!! Tem até gente que não existe! Será que tem um jeito de consertar tudo isso?? Mas antes pergunto: Será que tem algo errado nisso tudo? Mas também se fosse tudo certinho não teria graça. Nem piada pra sair na TV. Fico pensando... deve haver um jeito de fazer coisa errada de maneira certa...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

De volta a infância...

Ae pessoal
Releituras de obras de arte por Maurício de Souza

http://www.monica.com.br/cards/w-quadroes.htm

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Senna testando

Achei estes vídeos através do blig do gomes, conhecido por boa parte daqueles que curtem automobilismo (para quem não conhece: http://bligdogomes.blig.ig.com.br/)... eles mostram Senna testando a Willians que o mataria dois meses depois para tentar desenvolve-la rapidamente, já que o carro não era lá estas coisas...

filmagem amadora, bem interessante;




continuando:


O rei e o bobo

O corpo editorial dos conglomerados Chico's reuniu-se em assembléia extraordinária na madrugada desta segunda feira e decidiu-se de forma unânime que a campanha de desmitificação será abandonada... afinal, rótulos não combinam com a universalidade (mundialidade, brasilidade, cristandade, sandicidade, etc.) da nossa querida editora, e isto é tão "evidêntico" que os paspalhões do maniqueísmo nem merecem resposta... porque aqui o papo é reto manô!


O rei e o bobo


As coisas são mais simples do que parecem. Ou mais complicadas. Decidam vocês. Ao longo da vida, li abundantemente sobre Churchill e o papel do estadista inglês na Segunda Guerra Mundial. Mas nenhum livro do mundo pode suplantar a experiência pessoal de visitar a casa onde Churchill nasceu e cresceu. "Casa", aqui, é provocação: Churchill nasceu em Blenheim, um palácio gigantesco, como não existe nenhum em Portugal, a alguns quilômetros da cidade universitária de Oxford.

Certo dia, decidi visitar a "casa" do homem e, confrontado com a desmesura do espetáculo, entendi a personagem. Churchill era um aristocrata e nenhum aristocrata poderia permitir que a Europa fosse conquistada por um reles soldado austríaco, de bigode ridículo e maneiras provincianas. A observação não é politicamente correta, eu sei. Mas as coisas são como são.

Sim, na Segunda Guerra era necessário salvar a Inglaterra e a Europa de uma tirania inumana. Mas quando lemos os discursos de Churchill contra Hitler, discursos escritos ainda durante a década de 1930, é impossível, depois de conhecer o berço, não ouvir a indignação de um aristocrata inglês, amante da liberdade e feroz opositor do centralismo tirânico, sobretudo de um centralismo tirânico vindo diretamente da criadagem.

E não excluo que, nos seus momentos mais pessoais, o velho Winston até imaginasse o boçal Adolfo, entrando pelos salões de Blenheim adentro, com suas botas enlameadas e na companhia de gangsters tão boçais quanto ele. Impossível não sentir um arrepio de horror pela espinha abaixo. Churchill é o exemplo supremo de como o preconceito de classe, às vezes, é uma garantia de salvação democrática.

A observação não é apenas válida para Churchill. Talvez seja válida para a monarquia como forma de governo. Não sou monárquico, confesso, e não sou monárquico pela razão mais simples: a democracia é o pior regime que existe, com a exceção de todos os outros (Churchill, "dixit").

Mas também confesso que a monarquia pode ter as suas vantagens: ao não ser democraticamente escolhido pelo povo, o rei não sente a pressão popular e a vontade prosaica de conquistar o poder. E pode assim colocar os interesses do país acima dos interesses de um partido.

A posição não lhe permite apenas ver mais longe, com um sentido de história e de continuidade que falta aos seus contemporâneos. Permite que o rei não se sinta obrigado a respeitar o pensamento politicamente correto que, como um vírus, subverte a própria noção de civilidade. Porque só devemos ser gentis com quem merece a gentileza.

E Juan Carlos, rei de Espanha, não foi gentil com Hugo Chávez. Mas por que motivo deveria ter sido? Na 17ª Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, em Santiago do Chile, o primitivo Chávez entendeu ser seu dever acusar José Maria Aznar, ex-premiê eleito pelos espanhóis, de ser um "fascista". Vindo de Chávez, um herdeiro espiritual de Fidel, a coisa até poderia soar a elogio. Não soou. E depois de Zapatero, atual premiê, ter tentado defender a honra do convento com punhos de renda, o rei disparou um "por que você não se cala?" que gelou a cimeira mas aqueceu meu coração. A grosseria de Chávez só pode ser tratada a tapas e pontapés. Juan Carlos fez um favor a Espanha e, tragicamente, um favor aos venezuelanos.

Começou por fazer mais um favor a Espanha, dos vários que lhe fez com inaudita coragem. Digo "inaudita" porque nada faria prever que Juan Carlos fosse, como de fato foi, personagem central na consolidação da democracia espanhola. Como é possível que um homem talhado para seguir o autoritarismo de Franco tenha sido crucial no período de transição pós-franquista? Provavelmente, por ter entendido que a Espanha mudara em 1970; e que a mudança exigia desmantelar o regime, convocar eleições livres e elaborar uma constituição democrática, a única forma de garantir a unidade do país contra todas as tentativas de fechamento ditatorial. A democracia espanhola e o espantoso crescimento dos meus vizinhos tiveram em Juan Carlos uma referência e um precursor. Até hoje.

Mas Juan Carlos não foi apenas precioso para os espanhóis: ao calar a boca de Hugo Chávez, Juan Carlos também falou em nome dos próprios venezuelanos. Sobretudo daqueles que Chávez manda calar com a sua "Lei da Responsabilidade Social" (belo eufemismo), uma medida literalmente fascista que garante prisão (até 20 meses) para todos aqueles que tenham a ousadia de criticar o presidente.

Uma ousadia que será agravada criminalmente quando a reforma constitucional for aprovada em referendo no próximo mês. Ao permitir a Chávez um reino vitalício e armado, a nova constituição "bolivariana" colocará nas mãos de um caudilho autoritário os frutos do quinto maior produtor de petróleo do mundo. Será um caminho sem retorno para uma Venezuela silenciada e empobrecida, com crime galopante e, ao contrário do que pensam os crentes, com desigualdades sociais que a caridade do Estado, longe de suprimir, acabará por cavar mais fundo ao destruir qualquer possibilidade de investimento e criação de riqueza.

"Por que você não se cala?", perguntou o rei ao novo bobo da corte. O novo bobo não se cala porque, ao contrário dos antigos, ele gosta de montar o circo para esconder, e não para revelar, as mais tristes verdades.



João Pereira Coutinho

sábado, 10 de novembro de 2007

Recolocação no cenário editorial

A Chico's Bar Editoras Confederadas iniciou uma campanha para desmitificar sua imagem como conglomerado de esquerda intelectual elitista... segue uma recente publicação no folhetim "Economia internacional para não iniciados" ja dentro desta perspectiva:


"O presidente da República bolivariana chavista da Venezuela anunciou a compra de cinco novelos de lã e um jogo completo de bolinhas de gude da marca Imendez. Segundo fontes internacionais a compra faz parte do programa de reestruturação das Forças Armadas do colosso latino americano, o que pode levar, segundos analistas ouvidos por esta folha, à uma onda de crescimento emocional com influências globais. Ainda há a expectativa do anúncio de novos cofres de porquinhos (tão bunitinhos!) e chinelas referentes à aliança Caracas-Havana, o que deve acontecer ainda nesta semana.

Do enviado especial Constantino Rosmanm"



Num outro conceituado jornal da marca, mostras poéticas de grandes autores contemporêneos foram publicadas:



"Hugo Chavez quando nasce
se esparrama pelo chão

ele fica lá e jaz"

Marlon Brandison Junior



"No dia em que sai de casa ninha nãe ne disse fio vem cá,
passo a não no neus cabelos e nánánáná..."



Nanílson Flashman - homenagem póstuma


"pirulito q bate bate
pirulito,
que já bateu...
quem gosta de mim? é ela?
quem gosta dela? sou eu..."



interpretação hermenêutica do cancioneiro popular por "Gordin"

A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE ( ARNALDO JABOR )

O que foi que nos aconteceu?
No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, "explicáveis" demais.
Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas.
Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados,
e nada rola.
A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação
inédita na História brasileira.
Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, claro que não esquecemos a supressão, a proibição da verdade durante a ditadura, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada.

Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos.
Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis,mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo.
Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações.
Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se Vingar.
O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz. Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder.
Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão nas nádegas.
A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de "povo", consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações "falsas", sua condição de cúmplice e comandante em "vítima".
E a população ignorante engole tudo. Como é possível isso?

Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF.
Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização.
Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo.
Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito....
Está havendo uma desmoralização do pensamento Deprimo-me: " Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?".
A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua.
Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios.
A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo .
A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais aos fatos! Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações.
No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política. Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da República.
São verdades cristalinas, com sol a Pino.
E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de "gafe". Lulo-petistas clamam: "Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT ? Como ousaram ser honestos?".
Sempre que a verdade eclode, reagem.
Quando um juiz condena rápido, é chamado de "exibicionista".
Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de "finesse" do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando... Mas agora é diferente.
As palavras estão sendo esvaziadas de sentido.
Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma novi-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte. Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem, de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o populismo e o simplismo. Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o
país em "a favor" do povo e "contra", recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual.
Teremos o "sim" e o "não", teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição mundo x Brasil, nacional x internacional e um voluntarismo que legitima o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois. Alguns otimistas dizem:
"Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de verdades!".
(Arnaldo Jabor)

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O renascimento de Deus

Agora um texto não tão importante publicado pela Chico's Bar (de vez em quando eles baixam o nível... tcs). Publico aqui somente para sacanear os caros leitores. Notem a auspiciosidade da terceira oração subordinada do parágrafo alfa... total perca de tempo :)


O renascimento de Deus


Sob o sugestivo título de "As Novas Guerras de Religião", a revista britânica "The Economist" dedicou o número da semana passada aos crescentes enfrentamentos inter-religiosos. São várias reportagens recheadas de números e informações. É leitura obrigatória para os que se interessam pelo fenômeno. Como não dá para abordar tudo, vou me restringir na coluna de hoje à questão do "revival" religioso.

Aqui é necessário começar com uma espécie de "erramos". Não, ainda não me converti. O "erramos" não diz respeito a meu ateísmo, mas ao fato de que boa parte da elite branca ocidental julgou ao longo dos últimos 150, 200 anos que a morte de Deus e o advento do secularismo eram favas contadas. Estávamos redondamente enganados.

De fins do século 18, com o Iluminismo, até bem recentemente, parecia de fato crível que o mundo caminhava para tornar-se menos religioso. Afinal, Darwin, Marx, Freud e Einstein provaram duas ou três coisinhas bastante interessantes. Mostraram que o homem, um bicho como qualquer outro, não comanda a história nem mesmo a psique humana. Pior, o próprio Universo funciona sem Deus, que pôde enfim ser reduzido a uma simples metáfora. Só que daí a concluir que a humanidade estava pronta para a emancipação foi um passo maior que a perna.

Tudo parecia seguir o "script". Grupos religiosos mais proeminentes se retraíam. Nos EUA, evangélicos caíram numa espécie de ostracismo após o fiasco da Lei Seca (1920-33) e do julgamento de Johns Scopes (1925), no qual as idéias criacionistas foram humilhadas e judicialmente rechaçadas. Na Europa, as coisas pareciam seguir o mesmo rumo. Ideologias fascistas e comunistas rapidamente tomaram o lugar das religiões tradicionais. Mesmo no Terceiro Mundo, igrejas pareciam ceder terreno a líderes secularistas como Kemal Ataturk (Turquia, anos 20), Jawaharlal Nehru (Índia, anos 50). Também o islamismo dava indícios de que sucumbiria diante do pan-arabismo de Gemal Abdel Nasser nos anos 60. Ao que consta, até o Estado judeu não era tão judeu assim. A "Economist" sugere que David Ben Gurion, o fundador de Israel, um secularista convicto, só concordou que a lei rabínica fosse adotada para regular casamentos e divórcios no país porque estava certo de que os ortodoxos estavam com seus dias contados.

Em 1966, a bem-comportada revista "Time" estampou em sua capa a pergunta "Deus está morto?". Em 1999, a própria "Economist" publicou em sua edição do milênio o obituário de Deus. Foi precipitada. A ex-secretária de Estado dos EUA, Madeleine Albright recorda-se de uma ocasião em 1990 em que um diplomata que negociava a paz na Irlanda do Norte se queixou: "Quem vai acreditar que, no fim do século 20, ainda estamos lidando com um conflito religioso?".

Também nos anos 90, nós da imprensa relatamos o conflito na antiga Iugoslávia como uma disputa étnica entre sérvios, croatas e bósnios. Não está errado, mas também é possível descrevê-lo como uma guerra entre cristãos ortodoxos, católicos e muçulmanos. Tudo depende de querermos enfatizar os componentes políticos ou os religiosos da contenda.

Mas veio o 11 de Setembro e a idéia de um futuro secular ruiu. Olhando retrospectivamente, é fácil encontrar sinais de que as coisas não caminhavam exatamente como nós pensávamos. Para sermos rigorosos, era o avanço do laicismo especialmente na Europa (e nas comunidades acadêmicas do Ocidente em geral) que se afigurava como uma exceção à regra religiosa _uma coisa de elite. Nos EUA, a freqüência da população a cultos não chegou nem mesmo a experimentar uma queda importante. No Terceiro Mundo, apesar das iniciativas de um ou outro líder nacionalista, a religião jamais esteve seriamente ameaçada. Às vezes nos esquecemos da força da demografia. A China, apesar de no papel comunista e atéia, será muito em breve a maior nação cristã do planeta. E a maior muçulmana também, sem mencionar, é claro, que sempre reuniu o maior número de adeptos do confucionismo, taoísmo etc. Só não será a maior nação hinduísta, e isso porque a Índia é uma outra potência populacional.

O que mudou então, que nos fez passar da previsão de um futuro sem religião para as novas guerras de religião? Certamente não foi apenas a nossa percepção após o 11 de Setembro.

A tese da "Economist" que eu acompanho é a de que são as variedades mais virulentas de religião que estão prosperando e ganhando adeptos. O catolicismo, por exemplo, perde fiéis para grupos pentecostais que praticam o exorcismo e fazem com que o praticante receba ordens diretas de Deus, entre outras manifestações psiquiátricas. Também vão muito bem no mercado da fé os fundamentalistas muçulmanos que atiram aviões em edifícios ou que se explodem diante de creches no Iraque. Para o bom e verdadeiro muçulmano sunita da escola wahabita, afinal, uma criança muçulmana xiita está em imperdoável erro teológico e não pode ser salva. Melhor que morra de uma vez abrindo as portas do paraíso a seu executor. O problema é o islamismo que é violento? Talvez o Alcorão instile mais pensamentos mórbidos em seus seguidores do que outras fés, mas o fato é que qualquer religião ou sistema de crenças dogmáticas (aí incluo marxismo, fascismo nazismo etc.) pode levar a sandices semelhantes. Afinal, foram os adoráveis Tigres Tâmeis, que praticam o pacífico hinduísmo, que inventaram a tecnologia dos homens-bomba, rapidamente exportada para outras partes do mundo.

Parece estar operando aqui algum mecanismo de "feedback positivo". Uma série de reações e contra-reações entre grupos que interagem deflagrou uma espécie de corrida armamentista. Israel, por exemplo, para combater a OLP de Iasser Arafat, estimulou jovens palestinos a freqüentarem as mesquitas. Estava ajudando a criar o Hamas. De modo análogo, a resposta dos EUA ao 11 de Setembro, a invasão do Afeganistão e do Iraque, está levando a uma maior radicalização dos núcleos fundamentalistas islâmicos, que ganharam ainda campos de treinamento onde aperfeiçoam suas técnicas assassinas. O terror islâmico também tornou mais hostis e violentas as milícias hinduístas na Caxemira. No Paquistão, o general Pervez Musharraf acaba de dar um golpe de Estado, com o apoio dos EUA, para não ser derrubado por grupos muçulmanos que o recriminam justamente por receber apoio dos EUA. É difícil dizer onde termina esse tipo de movimento.

A receita para combatê-lo, entretanto, é conhecida e permanece a mesma desde o século 18: Estado laico e democracia. Praticar uma religião é perfeitamente legítimo. Trata-se, afinal, de atividade que pode proporcionar prazer a seus adeptos e oferecer-lhes oportunidade de reforçar vínculos sociais. É como pertencer a um círculo literário, fazer esporte ou freqüentar sites pornográficos --cada um sabe o que é melhor para si. Embora sempre vá existir uma certa tensão entre crenças religiosas distintas, as diferenças podem ser mantidas em níveis civilizados, desde que todos os grupos renunciem a impor sua verdade aos demais.

É claro que não o tão é fácil, pois o eleitor religioso tende a levar suas convicções espirituais para a urna o que, dependendo do perfil demográfico do país, pode fazer com que uma maioria religiosa se aproprie do Estado quebrando a frágil trégua. Daí a importância de inscrever o laicismo como uma garantia fundamental, ao lado dos direitos universais do homem.

Embora difícil, a tarefa não é impossível, dado que todas as religiões são minoritárias em alguma parte do globo.

Quanto ao ser humano, num ponto ele de fato difere dos outros animais. Insiste em prestar reverência a uma hipótese implausível, que se provou desnecessária e, nos dias de hoje, tem-se mostrado mais destrutiva do que agregadora.



Hélio Schwartsman

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Sem essa eu n durmia...

A Chico's bar Editoras Confederadas me surpreende a cada novo lançamento... nunca pensei que uma notícia de um de seus inúmeros folhetins diários pudesse me tocar tão fundo ao ponto de eu repensar as atitudes de minha vida...


Estudo indica que foto de Paris Hilton alivia dor de ratos

Cientistas da Universidade de San Diego, no Estado americano da Califórnia, afirmaram que uma foto de Paris Hilton teria a capacidade de aliviar a dor nos ratos do sexo masculino. O estudo foi apresentado durante um congresso da sociedade americana de Neurociências.

Os pesquisadores perceberam que, depois de uma injeção dolorosa, os ratos do sexo masculino passavam menos tempo lambendo a ferida (sinal utilizado para determinar a quantidade de dor provocada) se na gaiola houvesse uma foto da socialite.

O efeito, que desaparece se a foto é retirada, não foi notado nos ratos do sexo feminino. A pesquisa também concluiu que os ratos, após o "encontro" com Paris, apresentam níveis mais baixos de proteína na parte da medula espinhal responsável pela transmissão da dor.

Os próprios cientistas colocaram em dúvida as propriedades terapêuticas de Paris Hilton. Para eles, a imagem provavelmente age nos hormônios do estresse.

"Os ratos vêem os homens como potenciais predadores e por razões desconhecidas este efeito funciona mais com os machos", explica Jeffrey Mogil, que conduziu o estudo.

A teoria é confirmada por outros estudos conduzidos com imagens muito menos agradáveis, como gatos em poses ameaçadoras. Neste caso, as cobaias também sentiam dores menos intensas.



oui, nous avons paris \o/

domingo, 4 de novembro de 2007

Futebol filosófico... lembranças ao discumunal!

Mais blues...

http://360grauss-mp3.blogspot.com/2007/03/360gruassblues_2562.html

testemos estes links...

Blues

Descobri um blog bom para aqueles que curtem... bastante coisa para baixar :)

http://www.blueseveryday.blogspot.com/

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

RPG faiado...

Aqui um quase roteiro de rpg que quase foi jogado que quase viro o primeiro livro duma série que quase empolgo.... hauhauhauihia


Pra fala que na Uem não se trabalham mentes....


Os seres humanos não estão sozinhos na Terra. De forma quase que irreconhecível, vampiros e demônios de diversos tipos habitam entre nós, sob uma maldição: seres que abandonaram a humanidade e ganharam atributos como a perpetuação eterna da existência e a clarividência se tornam reféns de suas conquistas - suas vidas se tornam de uma eterna angústia e o uso dos poderes leva-os cada vez mais ao inferno interior. Permanecem eternos somente no mundo dos homens, sem domínio dos três tempos da vontade de Deus e isolados da fonte de toda vida da qual Deus é agente.

Estes que pagaram o preço ao Criador coabitam conosco e buscam a única coisa que lhes é possível: o poder terrestre, e fomentam o desejo inconsciente de acabar com a angústia e a dor – em cada pedaço de célula desses seres um ódio emana e seus instintos assassinos voltam-se, como num sonho, contra o mesmo ser: aquele que limitou-os simplesmente por ter-lhes criado, como se a força criadora não lhe transcendesse também. Mas tal força está sob o domínio daquele que chamam de Deus, e contra isso nada pode ser feito – nem mesmo o mais esplêndido ser criado pôde negar-lhe a primazia, sendo condenado a se afastar da verdade da vida e se alimentar sempre da ruína de seus próprios sonhos, consumindo-os.

Mas a barreira dos três tempos pode ser quebrada, e é a própria força criadora que o permite:

ela está conectada com cada criação, e nem os portais de Deus poderiam barrar-lhe. Algo tão valioso se mostra ao alcance daqueles que desejam a queda do agente da criação, mas apenas seu sucessor poderá se valer disto unindo um exército suficientemente forte para atacar sua força especial: os chamados “Filhos Escolhidos de Deus”, os anjos mais poderosos do império divino que atrelam a misericórdia divina à fúria das “Santas Espadas”. Estes escolhidos se assemelham a Lúcifer, que os liderou por boa parte de seus caminhos, e se verão intimamente ligados ao conflito entre o Criador e o tutor que os guiou tantas vezes como exemplo. A causa poderá ser ganha por quem mantiver os Escolhidos ao lado, e aquele que agora os lidera se aproxima perigosamente de seu antigo capitão.

A guerra supra temporal se aproxima, maldade e bondade se relativizam e o poder por um força de criação movimenta o sub mundo abaixo de nossos cotidianos. Quais mistérios estão por trás da natureza de Deus? Será ele um despótico dono do poder que usa assassinos docemente criados com faces de anjos? Lúcifer, o sucessor, poderá ocupar o lugar que a ele predestinou-se um dia? Como poderá transcender a barreira dos três tempos de Deus e enfrentar a fúria implacável dos Escolhidos? E como os Escolhidos lidarão com o maior paradoxo da criação: a liberdade?

São eles seres tão apaixonados quanto Lúcifer, e a dor em matar cairá em cada um deles ao tentar impedir o irmão de dominar os tempos criados. Eles mesmos odiarão, e serão subjugados por emoções dos tolos homens, origem do mal que visam exterminar. A pureza os abandonará, e sangue manchará as penas brancas símbolos de sua santidade.